Discurso, história e corpo feminino em antigos anúncios publicitários
DOI:
https://doi.org/10.1590/1981-5794-1409-1Palavras-chave:
Discurso, Publicidade, Corpo feminino, Poder-saber,Resumo
Situado nas fronteiras que a Análise do Discurso estabeleceu a partir do caminho proposto por Michel Foucault, o presente trabalho pretende mostrar como os discursos publicitários, que circularam no Brasil na primeira metade do século XX, contribuíram para a instauração de uma biopolítica das relações entre os sexos, mais precisamente para uma “sexualização” do gênero. A ideia foucaultiana de que o biopoder é o que pode se infligir tanto a um corpo que se pretende disciplinar como a uma população que se pretende regulamentar é a base sobre a qual examinamos o funcionamento discursivo da linguagem publicitária que, ao falar diretamente às mulheres, remete-nos a discursos outros que se cruzam pelos fios da memória, no interdiscurso, fixando as mulheres a seus corpos frágeis e à sua função materna, de acordo com os saberes, os poderes e as verdades que tradicionalmente regularam os ideais de feminilidade e permitiram a emergência de certos dizeres (e não outros).Downloads
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Publicado
02/09/2014
Como Citar
WITZEL, D. G. Discurso, história e corpo feminino em antigos anúncios publicitários. ALFA: Revista de Linguística, São Paulo, v. 58, n. 3, 2014. DOI: 10.1590/1981-5794-1409-1. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/alfa/article/view/6315. Acesso em: 23 nov. 2024.
Edição
Seção
Artigos Originais
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