"Só", "exclusivamente" e suas posições na sentença
DOI:
https://doi.org/10.1590/1981-5794-1509-7Palavras-chave:
Advérbios, Advérbios focalizadores de exclusão, Advérbios quantificacionais, Hierarquia funcional, Cartografia, Sintaxe Gerativa,Resumo
Neste artigo, são examinadas algumas propriedades de advérbios altos e baixos para mostrar que o focalizador só pertence ao primeiro grupo. Conclui-se que o comportamento do advérbio de exclusão só no Português do Brasil é mais bem explicado do ponto de vista da Sintaxe, isto é, em termos da sua posição na hierarquia universal. A pista para chegar a tal conclusão vem da distribuição do focalizador exclusivamente, que também é um advérbio de exclusão, mas se comporta de forma diferente em relação a só no que diz respeito a algumas propriedades sintáticas que põem de um lado os advérbios altos e de outro os baixos. Além disso, este texto revela que a previsão de Bever e Clark (2008) – de que a Semântica seria responsável pelas assimetrias entre os advérbios quantificacionais e o exclusivo só – não é correta, na medida em que o focalizador de exclusão exclusivamente, no Português do Brasil, compartilha propriedades sintáticas com advérbios quantificacionais.
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