A aquisição das vogais pretônicas em português brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.1590/1981-5794-1804-9Palavras-chave:
Aquisição fonológica, Contraste fonológico, Vogal pretônica,Resumo
O artigo discute a aquisição de vogais pretônicas em português brasileiro, por 3 crianças monolíngues adquirindo o dialeto paulista, com idade entre 1;4 e 3;5, e sua relação com a aquisição das vogais no ambiente tônico. Com base em Miranda (2013), partimos do pressuposto de que a aquisição das vogais pretônicas está sujeita à instabilidade desse subsistema, e, portanto, segmentos afetados por processos fonológicos seriam adquiridos mais tardiamente nessa posição. As produções mostram que as vogais altas pretônicas são adquiridas em contraste com as vogais médias, (/i,o/ e /e,u/), sendo a pretônica /o/ adquirida antes de /e/. Analisamos nossos resultados à luz da Hierarquia Contrastiva de Traços (DRESHER, 2009), para a qual a representação lexical dos segmentos é específica de cada língua, trazendo somente os traços contrastivos e ativos em processos fonológicos naquele sistema, e propomos que a aquisição da pauta pretônica é regida por um Princípio de Contraste Máximo: devido a instabilidade dessa posição, os segmentos devem ser maximamente contrastivos, ou seja, por ponto e altura vocálica. A pretônica /e/, por ser a mais instável (cf. CALLOU; MORAES; LEITE, 2002, VIEGAS, 2001 e YACOVENCO, 1993), é a última a ser adquirida, trazendo consigo a pretônica /u/.Downloads
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Publicado
25/04/2018
Como Citar
BOHN, G. P.; SANTOS, R. S. A aquisição das vogais pretônicas em português brasileiro. ALFA: Revista de Linguística, São Paulo, v. 62, n. 1, 2018. DOI: 10.1590/1981-5794-1804-9. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/alfa/article/view/9646. Acesso em: 25 nov. 2024.
Edição
Seção
Artigos Originais
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