Repensando a ciência e a inovação

Uma análise pela perspectiva decolonial em diálogo com a teoria ator-rede

RESUMO: O artigo propõe, por meio de revisão de literatura, repensar a ciência e a inovação através da perspectiva decolonial, dialogando com a Teoria Ator-Rede. Ressituando o início da modernidade na Conquista da América, evidencia-se a constituição da primeira identidade moderna, oriunda da classificação entre conquistadores e conquistados na ideia de raça. Nesse cenário, o fazer ciência passa a ser compreendido deterministicamente, pretensamente objetivo e neutro, como único conhecimento válido. Dessa forma, se objetiva refletir sobre a discursividade das ciências modernas, dando voz a formas distintas de conhecimento. Uma tentativa de denúncia da Colonialidade do Saber, sendo sugeridas as noções e os projetos da Transmodernidade e das Epistemologias do Sul. Conclui-se que essas outras formas de conhecer podem se apresentar como alternativas à ordem hegemônica do capital, a qual reproduz o mito do progresso infinito e do controle do planeta, submetendo o conhecimento e as inovações ao mercado.

PALAVRAS-CHAVE: Decolonialidade. Ciência. Tecnologia. Inovação. Teoria ator-rede.



Autoria


Como citar

GARBIN, M. H. Repensando a ciência e a inovação: uma análise pela perspectiva decolonial em diálogo com a teoria ator-rede. Estudos de Sociologia, Araraquara, v. 28, n. 00, e023024, 2023. e-ISSN: 1982-4718. DOI: https://doi.org/10.52780/res.v28iesp.1.16909