Competências Socioemocionais no Novo Ensino Médio

Interlocução com as recomendações da OCDE

RESUMO: Este texto objetiva situar a estratégia de formação de competências socioemocionais como parte da educação do trabalhador produtivo para a sociedade contemporânea. Sistematizamos os elementos teóricos para interpretação do mundo do trabalho, considerando como categorias a reestruturação produtiva toyostista, a financeirização e suas consequências para ampliação do precariado (HARVEY, 1992; 2018; ASSAD, 2014; MÉSZÁROS, 2002; ALVES, 2007). Nossa metodologia consiste no estudo de documentos da OCDE e do Brasil (OCDE, 2014; 2015; 2017; 2022; BRASIL, 2018) para demonstrar que existe uma tentativa internacional de promover uma governança nas políticas educacionais de modo que institucionalizem o ensino de competências socioemocionais na escola. Ao cotejar documentos internacionais com a Base Nacional Curricular Comum do Ensino Médio (BNCCEM) e a legislação da reforma do Ensino Médio, concluímos que o Brasil tem se alinhado a esta perspectiva, ficando evidente uma tendência de formação escolar das capacidades de adaptação às situações adversas, responsabilização dos indivíduos quando estes não se encaixarem em vínculos empregatícios formais e o estímulo a empreender para buscar renda.

PALAVRAS-CHAVE: Reforma do Ensino Médio. Competências socioemocionais. BNCCEM. OCDE.



Autoria


Como citar

CARDOZO, M. J. P. B.; COLARES, M. L. I. S.; SARTORI, L. Competências Socioemocionais no Novo Ensino Médio: Interlocução com as recomendações da OCDE. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023110, 2023. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18166