Quais os possíveis impactos do Novo Programa Bolsa Família?

Uma análise de seus efeitos sobre a pobreza e o PIB

Autores

  • José Bergamin Universidade de São Paulo (Usp), Faculdade e Economia e Administração, São Paulo – SP – Brasil.
  • Gustavo Pereira Serra Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Ciências e Letras, Araraquara – SP – Brasil.
  • Marina da Silva Sanches Universidade de São Paulo (Usp), Faculdade e Economia e Administração, São Paulo – SP – Brasil.
  • João Pedro de Freitas Gomes Universidade de São Paulo (Usp), Faculdade e Economia e Administração, São Paulo – SP – Brasil.
  • Luiza Nassif Pires Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Instituto de Economia, Campinas – SP – Brasil.

Palavras-chave:

Bolsa Família, Pobreza, Raça, Gênero, Multiplicadores Fiscais

Resumo

O presente estudo estima os impactos nos índices de pobreza e extrema pobreza e no nível de atividade econômica de diferentes propostas que foram veiculadas no debate público que antecedeu a implementação do Novo Programa Bolsa Família (Novo PBF). Na primeira delas (P1), o benefício retorna ao valor base de 2022 de R$ 400 por família. A segunda proposta (P2) mantém um benefício único de R$ 600 por família. Já a estrutura aprovada (P3) estabelece o benefício base de R$ 600 com remunerações variáveis. Encontramos que com a P3 é possível retirar, aproximadamente, 5,1 milhões de pessoas da pobreza e 6,8 milhões de pessoas da extrema pobreza. Os impactos econômicos da P3 foram calculados com base nos multiplicadores fiscais já estimados para o Brasil pela literatura especializada. Em relação ao cenário P1, o Novo PBF apresenta um impacto sobre o produto da economia de 2.4 a 3.7 pontos percentuais maior. Já em relação a P2, o Novo PBF tem um efeito sobre o PIB de 0.6 a 1 ponto percentual maior.

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Publicado

29/05/2024

Edição

v. 8 n. 1/2 (2022)

Seção

Artigos

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