É possível “concorrência competitiva”?
uma comparação das concorrências neoclássica, estrutural e evolucionária
Palavras-chave:
Concorrência Capitalista, Concorrência Imperfeita, Teoria Evolucionária, Assimetrias, TecnologiaResumo
Apesar de seu pressuposto de “competição perfeita”, o modus competitivo observado na teoria neoclássica pressupõe agentes indistintos, que adotam as mesmas condutas e produzem um mesmo produto. Dessa maneira, “concorrência” na teoria econômica padrão implica uma situação “não-competitiva” onde agentes econômicos não tem pretensões de conquistar mercados, nem se sobrepor a seus concorrentes. Este artigo analisará a evolução da teoria da competição imperfeita, focando em duas linhagens: a teoria de Estrutura-Conduta-Desempenho (E-C-D) e teorias evolucionárias de inspiração Schumpeteriana. Ambas serão comparadas à teoria neoclássica, tomando essa de base. Este artigo busca analisar como a competição deriva de assimetrias, isto é, quando existirem possibilidades de diferenciação de ofertantes. O texto argumenta que esta é uma condição necessária para uma “concorrência competitiva”. Em suma, argumenta-se que existe apenas uma forma de “competição competitiva” – competição imperfeita.
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