Representação literária como ato político: o projeto pedagógico de Carolina Maria de Jesus para seus personagens, no romance Pedaços da Fome, de 1963

Autores

  • Ana Karoliny Teixeira da Costa UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados. Faculdade de Comunicação, Artes e Letras - Programa de Pós-Graduação Mestrado em Letras - Área de concentração: Literatura e Práticas Culturais. Dourados – Mato Grosso do Sul - Brasil. 79804-970
  • Rogério Silva Pereira UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados. Faculdade de Comunicação, Artes e Letras - Programa de Pós-Graduação Mestrado em Letras - Área de concentração: Literatura e Práticas Culturais. Dourados – Mato Grosso do Sul - Brasil. 79830-901

Palavras-chave:

Carolina Maria de Jesus, Gênero romance, Literatura brasileira contemporânea,

Resumo

A literatura, como ato político, coloca-se como espaço para construção da identidade de grupos inseridos em determinado contexto social. Na contemporaneidade literária brasileira há um crescente movimento em favor da construção de espaços para vozes múltiplas, as quais são sociopolítica e culturalmente marginalizadas. Carolina Maria de Jesus, mulher negra, favelada e com apenas dois anos de estudo formal é um desses exemplos. A partir da análise do romance Pedaços da fome, publicado em 1963, torna-se possível observar o olhar do marginal para o não marginal, expresso, em especial, na configuração e no relacionamento de Carolina com seus personagens Maria Clara Fagundes e Paulo Lemes. A escolha pelo gênero romance, bem como as opções de cunho textuais, também não ocorrem ao acaso, há intrínseco à tessitura textual um projeto pedagógico, que a escritora colocará em prática. São discussões feitas a luz de teóricos, tais como Bastos (2006), Candido (2004), Robert (2008), entre outros.

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Publicado

14/08/2019

Edição

Seção

Tema Livre