Apontamentos sobre a musicalidade no início da poesia moderna japonesa

Autores

  • Diogo César Porto da Silva UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas - Departamento de Filosofia. Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil. 31270-901

Palavras-chave:

Poesia japonesa moderna, Poesia em nova forma, Musicalidade, Yamada Bimyō, Shimazaki Tōson,

Resumo

O artigo propõe analisar como a poesia moderna japonesa lidou em seu início com a questão da musicalidade, uma vez que, pela primeira vez, os poetas e críticos japoneses se encontraram com poemas em línguas europeias que se utilizavam de recursos poéticos inexistentes na poesia clássica japonesa como o metro, a estrofe e a rima. Primeiramente, veremos como as coletâneas Shintaishi shō (Seleção de Poesias em Novo Estilo, 1882), e Omokage (Vestígios, 1889) traduziram ao japonês poemas em línguas europeias na tentativa de criar uma poesia japonesa em nova forma. As traduções geraram respostas teóricas variadas dentre as quais nos deteremos na de Yamada Bimyō que defendia a necessidade de um ritmo próprio à poesia em nova forma japonesa. A seguir trataremos das inovações formais trazidas pelos poemas de Shimazaki Tōson, mas que, ao final, foram julgadas por ele insuficientes para elevar a poesia japonesa à musicalidade necessária a toda poesia.

Downloads

Publicado

13/10/2020