O real violento como fetiche
interseções entre En octubre no hay milagros e O balcão
Palavras-chave:
Literatura peruana, Oswaldo Reynoso, Jean Genet, Estudos teatrais, Ficção e realidadeResumo
O romance En Octubre no hay milagros, lançado em 1965, de Oswaldo Reynoso se aproxima da peça de Jean Genet, O Balcão escrita em 1956 e encenada pela primeira vez no Brasil em 1968, na representação de realismos violentos. Propõese pensar como a paixão pelo real se entrelaça no romance e na peça sob o viés do escândalo, da “operação teatral”, da carnavalização e do distanciamento brechtiano. Sob este prisma, desvelar-se dos disfarces forjados e travestir-se são faces da mesma moeda. Essa dicotomia complexifica a própria noção de real. A realidade, portanto, não pode ser compreendida como aquilo que sobra quando se caem as máscaras da representação, uma vez que elas próprias são semblantes e são também parte do real. Pode-se afirmar que as obras conseguem captar imediatamente o fenômeno da fetichização com a imagem do real violento, de forma a alcançar o efeito da espetacularização da violência de uma maneira particular e inaugural.
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