Surrealimo à mineira
Palavras-chave:
Poesia contemporânea brasileira, “Poesia marginal”, Produção cultural dos anos 70, Contracultura, Surrealismo no Brasil.Resumo
A “poesia marginal” carioca, que motivou diversos estudos panorâmicos abordando características comuns a alguns poetas que se destacaram na cena literária dos anos 70, tem recebido uma atenção diversa da crítica contemporânea, cujo enfoque tem sido cada vez mais nas particularidades dos autores desse período. Afonso Henriques Neto, que estreou em livro com O Misterioso Ladrão de Tenerife (1972), feito em parceria com Eudoro Augusto,revelou em todos os seus trabalhos publicados desde então uma influência de procedimentos surrealistas, traço que o particulariza entre seus “colegas de geração”. Ainda que a temática cotidiana e o estilo coloquial estejam presentes em diversos de seus textos, estes convivem sempre com versos em que o desregramento imagético e o agrupamento insólito de elementos díspares apontam para o conflito central de sua poesia: a oscilação entre a afirmação do valor intrínseco e ancestral da literatura, e o registro de sua crise em um momento histórico peculiar. Nesse sentido, apontaremos como a apropriação da negação surrealista do racionalismo e do bom senso pela beat generation e pela contracultura “filtraram” a recepção de alguns pressupostos do movimento de vanguarda, influenciando a obra do poeta mineiro.
Palavras-chave: Poesia contemporânea brasileira. “Poesia marginal”. Produção cultural dos anos 70. Contracultura. Surrealismo no Brasil.
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