O ser e o fazer na poética de Eugénio de Andrade / Being and doing in the poetics of Eugénio de Andrade

Autores

  • Suely Fadul Villibor Flory

Palavras-chave:

Literatura portuguesa, lírica moderna, Eugénio de Andrade. As mãos e os frutos. Poética. Ser. Fazer. Paradigma. Sintagma. Portuguese literature. Modern lyrics. Eugénio de Andrade. As mãos e os frutos. Poetics. Being. Doing. Paradigm. Syntagme

Resumo

O artigo fundamenta-se no poema “A uma cerejeira em flor”, analisado como uma estrutura lingüístico-semiótica que se organiza pelo encadeamento sintagmático de seus elementos e sua projeção num campo simbólico – plano paradgmático – onde as repetições de formas, fônica, sintática e semanticamente relacionadas, funcionam de modo a unificar a estrutura poemática como um todo orgânico. O SER E O FAZER POÉTICO aparecem como destilação de tudo que o poeta recebeu do mundo exterior. O SER que se configura inicialmente resolve-se no FAZER, na construção sensível do poema, que instaura uma vivência ardente de criação/esforço, construção paciente do tempo. The article is based on the poem “A uma cerejeira em flor” analysed as a linguistic-semiotic structure which is ganised by the syntagmatic sequence of its elements and its projection in a symbolic field – paradigmatic plan – where the repetition of phonically, syntactically and semantically related forms work in a way that they unify the poetic structure as an organic whole. The poetic being and doing appear as a distillation of everything the poet received from the outside world. Being which stands out initially is transformed into doing in the sensitive making of the poem which established an ardent experience of creation/ effort, a patient building-up in time.

Publicado

12/09/2007

Edição

Seção

Artigos