Testemunho, extimidade e a escrita de Primo Levi

Autores

  • Lucíola Freitas de Macêdo UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais. Programa de Pós-Graduação em Psicologia. Doutoranda em Conceitos Fundamentais em Psicanálise e Investigações no Campo Clínico e Cultural, na área de Estudos Psicanalíticos. Bolsista CAPES. Belo Horizonte, MG – Brasil.

Palavras-chave:

Primo Levi, Literatura de testemunho, Escrita, Trauma, Extimidade,

Resumo

Este artigo visa discutir algumas questões relativas à literatura de testemunho. Enfoca em particular, a escrita de Primo Levi. Parte da hipótese de que escrever sobre a experiência do Campo de Concentração e ter se tornado escritor por causa dessa experiência, parece tê-la feito passível de ser vivida, com suas lacunas e seus impossíveis. Para esclarecer as relações entre a escrita e a experiência concentracionária no contexto da obra de Primo Levi, lançamos mão da noção de extimidade, de Jacques Lacan. Tal noção permite inferir que as relações entre escrita racional e escrita poética se inscrevem na obra de Levi, menos em uma relação dual de oposição binária e linear, que sob a perspectiva de uma exclusão interna. O testemunho de Primo Levi, lido à luz da noção de extimidade permite elucidar as diferenças entre o relato de uma experiência de vitimização, de um testemunho enunciado a partir de uma êxtima.

Biografia do Autor

Lucíola Freitas de Macêdo, UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais. Programa de Pós-Graduação em Psicologia. Doutoranda em Conceitos Fundamentais em Psicanálise e Investigações no Campo Clínico e Cultural, na área de Estudos Psicanalíticos. Bolsista CAPES. Belo Horizonte, MG – Brasil.

Doutoranda em Psicanálise e Estudos da Cultura na Faculdade de Psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais. Bolsista CAPES.

Diretora da Coleção Estudos Clínicos - Editora Scriptum

Conselhos Editoriais: Revista Curinga (ISSN 1676-2495) e Revista Responsabilidades ( ISSN 2236-935x)

 

 

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Publicado

30/08/2013

Edição

Seção

Artigos