A Reinterpretação Globalizada de Baz Luhrmann para O Grande Gatsby, clássico de F. Scott Fitzgerald, de 1925

Autores

  • Claudio Roberto Vieira Braga UnB – Universidade de Brasília. Instituto de Letras. Departamento de Teoria Literária e Literaturas. Brasília, DF– Brasil

Palavras-chave:

Interpretação fílmica, O grande Gatsby, Globalização, Baz Luhrmann,

Resumo

Neste estudo, comparo o romance O grande Gatsby, publicado em 1925 por Francis Scott Fitzgerald, ao filme homônimo de 2013, do diretor e produtor australiano Baz Luhrmann. A análise descarta conceitos obsoletos de fidelidade, entendendo a obra cinematográfica como uma interpretação fílmica em relação dialógica com o texto literário. Proponho a apreciação do longa-metragem de Luhrmann como uma releitura que globaliza a narrativa de Fitzgerald, até então voltada para a crítica dos mitos que alicerçam o Estado-nação estadunidense. Deste modo, descrevo determinantes históricos, econômicos e culturais que envolvem o filme, a fim de problematizar as escolhas reinterpretativas do diretor, que lançam a película na onda contemporânea dos fluxos culturais globais. Também faço referência a como a interpretação fílmica transforma a ficção de Fitzgerald em uma narrativa multimídia que reposiciona a obsessão pelo sucesso financeiro no contexto mundial, suprimindo particularidades do romance a fim de se dirigir a públicos de várias partes do globo, inclusive o brasileiro.

Biografia do Autor

Claudio Roberto Vieira Braga, UnB – Universidade de Brasília. Instituto de Letras. Departamento de Teoria Literária e Literaturas. Brasília, DF– Brasil

Doutor em Literatura Comparada, Professor Adjunto na UnB - Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, ministrando e pesquisando literaturas de expressão inglesa

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Publicado

23/09/2014

Edição

Seção

Artigos