Literatura, sentido e imaginário: algumas relações
Palavras-chave:
Obra literária, Sentido, Imaginário, InterpretaçãoResumo
Desde a Grécia antiga, a relação da literatura com o imaginário tem estado em questão nas reflexões de diversos pensadores. Começando por Aristóteles, e passando por Kant, Sartre e Blanchot, a tentativa de compreender o modo como a palavra literária se converte numa “imagem” e, ao mesmo tempo, mantém sua capacidade de significar fora do âmbito de uma dependência (em que a imagem remete ao universo das representações visuais), se constitui num desafio. Nessa relação, compreende-se que o termo imagem assume, inicialmente, um caráter metafórico, tornando-se necessário inquirir o modo como ele adentra o campo da linguagem e se converte em elemento de significação. No presente ensaio, discutimos alguns aspectos da questão. Partindo da noção, sugerida por Valéry, de que na literatura existe um elemento de construção e premeditação – que imediatamente é transformado, no ato de ler, em campo de significações literárias, extrapolando muitas vezes as intenções dos seus autores –, caminhamos em direção à ideia de que existe, no processo da transformação (da imagem em literatura), uma formação de sentido que sustenta e justifica o interesse do leitor pela dispersão da linguagem literária, abrindo também o espaço da interrogação e da crítica. Refletir, pois, sobre a noção de sentido torna-se fundamental. Neste estudo, defendendo a ideia de que o imaginário, no sentido, é um modo de perda, de esquecimento de si, buscamos abordar, livremente, alguns elementos presentes na relação entre literatura e imaginário, bem como a sua importância para o universo da crítica e da interpretação literária.
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