Narração subjetiva e descrição objetiva: formas inconciliáveis em A educação sentimental de Gustave Flaubert

Autores

  • Elvis Paulo Couto Mestrando em Estudos Literários. UNESP – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Faculdade de Ciências e Letras – Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários. Araraquara – SP – Brasil.
  • Maria Celia de Moraes Leonel UNESP – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Faculdade de Ciências e Letras. Araraquara – SP – Brasil.

Palavras-chave:

Gustave Flaubert, A educação sentimental, Narração, Descrição,

Resumo

Quando Flaubert escrevia A educação sentimental, enviou uma carta à escritora Leroyer de Chantepie relatando que a verdade histórica representada em seu romance poderia comprometer o elemento da diversão. Após a publicação do livro, Henry James e Brunetière alegaram sobre ele, respectivamente, monotonia e lentidão na intriga. Lukács, em sua fase marxista, formulou um juízo negativo segundo o qual haveria na história de Frédéric Moreau a expressão da falsa consciência de Flaubert acerca dos problemas da sociedade capitalista. Este artigo visa a retomar essas críticas e, a partir, sobretudo, da teoria literária de Lukács em “Narrar ou descrever”, propor uma hipótese – diferente da que foi formulada pelo filósofo húngaro – acerca da incompatibilidade entre os métodos narrativo e descritivo em A educação sentimental.

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Publicado

05/06/2019

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Seção

Artigos