O Surrealismo dialético de Paul Éluard:
temas e motivos nos versos de Poésie ininterrompue
Palavras-chave:
Paul Éluard, Surrealismo, Poesia francesa do século XXResumo
O objetivo do artigo é demonstrar o uso do recurso surrealista do jogo dialético nos versos de Poésie ininterrompue, do poeta francês Paul Éluard. O caminho percorrido para se atingir o proposto objetivo é o seguimento das considerações de Vernier (1971) e Adereth (1987) no que diz respeito à maneira como leem a poesia de Éluard naquele livro em particular como um recorte que traduz toda a sua obra, tanto marcada pela adoção da dialética quanto pelo apelo ao paradoxo. Nota-se, dessa forma, que Éluard, para além de um mero poeta agregado a uma estética em particular, constrói uma poesia de reconhecimento, de denúncia, de engajamento e de sensibilidade, compondo cenários ora desesperadores, ora de encantamento, valorizando a natureza e o esforço individual como caminho para a emancipação humana de toda forma de dominação. Nesse sentido, Éluard mostra-se um poeta dialético, sem que a oposição característica da dialética se imponha como algo negativo, afinal, a dialética éluardiana quer esclarecer em vez de anuviar, e, esclarecendo, despertar a consciência para se libertar.
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