A carnavalização como marca de recalque na obra Naná, de Émile Zola

Autores

Palavras-chave:

Naná, Zola, Lukács, Carnavalização, Naturalismo

Resumo

Neste artigo pretende-se analisar o romance Naná como uma produção posterior aos horrores de 1848 na França. Para tanto, é preciso compreender os conceitos de trauma e recalque, ambos do universo da psicanálise. Muito embora a noção de recalque e seus mecanismos ainda não fossem conhecidos dos contemporâneos de 1848, é isso que se verifica comumente de maneira implícita, às vezes explícita, na literatura francesa do período. Acreditamos que esses aspectos ainda podem ser encontrados em artistas que criaram suas obras posteriormente, caso de Émile Zola. Para conduzir a análise, nos deteremos em quatro passagens deste romance, na tentativa de elucidar alguns aspectos da composição naturalista e verificar em que medida essa obra também é fruto, ainda que tardio, desse recalque, em que a carnavalização é utilizada para mascarar o interdito.

Biografia do Autor

Maria Schtine Viana, UNL - Universidade Nova de Lisboa. Lisboa - Portugal.

Maria Schtine Viana  é doutoranda no Departamento de Estudos Portugueses da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, assistente de investigação do CHAM-UNL e membro do IELT. Bacharel em Letras (Portguês-Francês) pela FFLCH-USP e Mestre em Filosofia pelo Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (IEB-USP).  

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Publicado

30/03/2021

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Artigos