Sobre Villiers de l'Isle-Adam e seus contos cruéis
Resumo
Villiers de l’Isle-Adam (1838-1889) é sempre lembrado e reverenciado por suas três grandes obras – Contes cruels, L’Ève future e Claire Lenoir – que sintetizam as preocupações maiores do autor, ou seja, sua sátira do Positivismo triunfante, sua teoria metafísica e sua aspiração pelo Ideal. Ele é um dos grandes artesãos do estilo da literatura francesa do século XIX e, a despeito de algumas características individuais e particulares, compartilha com autores de sua época – Joris-Karl Huysmans, Barbey d’Aurevilly, Leon Bloy, entre outros – o mesmo desgosto e fúria para com o Positivismo e o mercantilismo. É a partir da coletânea Contes cruels que, neste artigo, procuramos revelar a escritura do autor a qual, em sua busca pelo Ideal, refugiando-se na Arte, consegue reunir o poeta, o ironista e o filósofo idealista. Pela escritura, ele afasta-se da mediocridade do mundo e consegue exprimir um misto de revolta, reação, rebelião e, também, esperança, expressa em sua crença no “Au-delà” e na salvação pelo Ideal.
Palavras-chaves: Villiers de l’Isle-Adam. Contes cruels. Simbolismo. Prosa poética. Fantástico. Ironia.
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