Carlos Magno e Rolando: Heróis do discurso maravilhoso em A Canção de Rolando

Autores

  • Maria Carmo Faustino Borges UEM – Universidade Estadual de Maringá. Departamento de Letras – Programa de Pós-graduação em Letras. Maringá – PR

Palavras-chave:

A Canção de Rolando, Maravilhoso, Mito, Herói,

Resumo

A cultura greco-romana, por meio dos mitos, compreendia o Universo e seus fenômenos; os deuses e semideuses eram humanizados e explicavam o estabelecimento da ordem do mundo e do homem na sociedade. A Idade Média no ocidente, herdeira do mundo greco-romano, voltada ao Cristianismo, reconstruiu valores e crenças fundamentados no saber idealizado, principalmente, da Igreja. Desta forma, o objetivo deste estudo é, na fruição da leitura de A Canção de Rolando, compreender e interpretar aquilo que impulsionava o homem a interagir em seu meio. O envolvimento da temática do maravilhoso nesta obra possibilita a justificativa da nossa proposta, uma vez que a narrativa está permeada por questões históricas e culturais do período (séculos VIII-XII). A literatura criou dois heróis: Carlos Magno, mito da História, e Rolando, como exemplos de patriotismo, lealdade feudal e ideal do cavaleiro, envolvendo, assim, questões éticas, morais e religiosas daquela sociedade. As nossas considerações e apontamentos são baseados em teorias do maravilhoso e dados históricos, a partir de autores como Aristóteles, Le Goff, Bessière, Reboul, D’Onofrio, Grimberg entre outros. Concluímos que esta obra nos permite uma leitura textualista e outra contextualista, na qual os heróis são construídos, reais ou fictícios, mas mitificados pelo discurso maravilhoso.

Biografia do Autor

Maria Carmo Faustino Borges, UEM – Universidade Estadual de Maringá. Departamento de Letras – Programa de Pós-graduação em Letras. Maringá – PR

Departamento de Letras

Área de Estudos Literários

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Publicado

23/09/2014

Edição

Seção

Artigos