A questão da memória e da subjetividade em Les rêveries du promeneur solitaire, de Jean-Jacques Rousseau

Autores

  • Natália Pedroni Carminatti Bolsista CAPES. Mestranda em Estudos Literários. UNESP – Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Ciências e Letras. Programa de Pós-graduação em Estudos Literários. Araraquara – SP – Brasil. 14800-901

Palavras-chave:

Romantismo francês, Jean-Jacques Rousseau, Psicanálise, Sigmund Freud, Memória,

Resumo

A obra rousseauniana Les rêveries du promeneur solitaire (1782) configura o corpus do presente artigo. Trata-se de uma autobiografia inacabada, pois o genebrino falece antes de concluir o trabalho. Intenta-se no decorrer desta análise direcionar o olhar para as teorias freudianas no que diz respeito ao estudo de representação da memória. O volume confere ao século XVIII a hegemonia dos ideais posteriormente incorporados à prosa romântica francesa. Levando em consideração o gênero híbrido do texto, demonstraremos a importância da prosa poética na compreensão da própria vida do filósofo, e no processo de escritura, haja vista a relevância do autor até os dias atuais. O trabalho metafórico da memória permeia a obra inaugural do pré-romantismo francês, revelando a importância do inconsciente para o entendimento do próprio ser, dado que a identidade apresenta caráter mutável e constrói-se ao longo de nossas vidas. Deste modo, executaremos a análise a partir do viés psicanalítico, acentuando as relações entre a literatura e a psicanálise por meio da teoria da memória proposta por Sigmund Freud e por outros teóricos que se valeram dos conceitos freudianos.

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