Os contos de guerra de Maupassant, uma espécie de testemunho

Autores

  • Clarissa Navarro Conceição Lima Mestranda em Estudos Literários. UNESP – Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências e Letras. Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários. Araraquara – SP – Brasil. 14800-900.
  • Guacira Marcondes Machado Leite Professora Livre-Docente do Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários. UNESP – Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências e Letras. Araraquara – SP – Brasil. 14800-90

Palavras-chave:

French Literature, Maupassant, Testimony, Short stories of war,

Resumo

A Guerra franco-prussiana deixou traços profundos na história dos franceses, que, por sua vez, tiveram sua pátria invadida, bombardeada, humilhada e atormentada. O conflito ocorrido de 1870 a 1871, apesar de curto, acarretou muitas mortes e muita destruição. Guy de Maupassant participou da guerra quando jovem e cerca de dez anos mais tarde produz diversas narrativas relacionadas ao momento histórico de que também fez parte. Em seus contos de guerra, a memória histórica se faz presente e sustenta toda a narrativa; refletimos, pois, neste trabalho, a questão do testemunho sem a figura de um “eutestemunha”. O autor que viu e viveu a catástrofe da guerra também oferece seu testemunho legítimo, ainda que seja encoberto por suas imagens e comparações. Buscamos provar que o testemunho a partir da ficção também pode ser autêntico, uma vez que, segundo Seligmann-Silva e Octavio Paz, toda verdade é histórica, toda literatura é testemunhal e todo testemunho tem o crédito máximo da verdade. Para tanto, contamos com o apoio de algumas teorias já conhecidas, como a análise e o aprofundamento teórico dos trabalhos de Seligmann-Silva, tais como aqueles presentes em História, Memória e Literatura: O testemunho na era da catástrofes entre outros.

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Publicado

07/03/2016

Edição

Seção

Artigos