O fantástico oral: uma leitura de Atala, de François-René Auguste de Chateaubriand

Autores

  • Natália Pedroni Carminatti Doutoranda em Estudos Literários. UNESP – Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras. Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários. Araraquara - SP – Brasil.

Palavras-chave:

Narrativas Orais, Fantástico Literário, Pré-Romantismo, François-René Auguste de Chateaubriand, Atala,

Resumo

As discussões relativas ao estudo do conceito de fantástico expandemse além da Literatura. A Antropologia e a Filosofia, segundo Molino (1980), integram-se ao estudo desta categoria literária, propiciando à literatura uma leitura antropológica. Pensando nisso, o presente artigo pretende confirmar a gênese da narrativa fantástica: as literaturas orais, sobretudo, aquelas conhecidas como lendas populares. Para tanto, utilizaremos como suporte teórico a nossa investigação, especialmente, o ensaio publicado em 1980, por Jean Molino, em que o autor ousa uma aproximação entre a lenda oral e o fantástico literário. Além disso, a análise versará sobre o récit Atala (1801), do escritor francês pré-romântico, François-René Auguste de Chateaubriand (1768-1848), que a despeito de não se tratar de um texto fantástico, no sentido exato do termo, utiliza o mito do Bom Selvagem e as crenças dos indígenas do século XIX. As lendas de tais nativos permearam o imaginário daquele povo durante muito tempo, configurando, dessa forma, seu próprio universo.

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Publicado

25/05/2017

Edição

Seção

Artigos