Quem são eles? Identificando e caracterizando os vereadores brasileiros (2000-2016)

Autores

  • Bruno Souza da Silva UNICAMP – Universidade de Campinas. Doutorando em Ciência Política. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Campinas – SP – Brasil.
  • Humberto Dantas FGV – Fundação Getúlio Vargas de São Paulo. Departamento de Administração Pública. São Paulo – SP – Brasil.

Palavras-chave:

Política local no Brasil, Vereadores, Representação política, Câmaras municipais,

Resumo

Os vereadores compõem a maior parcela dos políticos no Brasil, porém, pouco se sabe deles. Ilustram esta afirmação, com base nas eleições municipais de 2000 a 2016, médias de 380.597 candidatos disputando 56.146 vagas. Inicialmente parece que tais eleições mobilizam todos os partidos e milhares de postulantes, simbolizando uma democracia representativa que estimula a participação. Assim, temos um quadro político marcado pela contínua fragmentação partidária e eleições competitivas. Mas quem são os vereadores? Em âmbito local, os partidos tendem a não desempenhar funções de coordenação parlamentar que, caracteristicamente, espera-se que sejam exercidas no Parlamento. Reforça este argumento o fato de 85% das Câmaras terem entre 9 e 11 vereadores. Diante dessa configuração, deduz-se que os atores principais são os próprios vereadores, não os partidos. No entanto, falta caracterizar quem são esses agentes e se há permanência/alternância deles nas eleições. Tendo em vista que o problema de pesquisa é analisar quem são os candidatos que vencem eleições e se dentre os eleitos há permanência ou variação marcante, a hipótese central é a de que a entrada nos Legislativos municipais é mais restrita do que o grande volume de candidaturas sugeriria e que isto se deve ao fato de tal ingresso se concentrar nas mãos de poucos políticos locais.

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Publicado

19/01/2018

Edição

Seção

Artigos