Darwinismo social e alteridade nos Estados Unidos: da guerra civil à construção do imperialismo

Autores

  • Lucas Amaral Batista Leite PPG–STD. Programa San Tiago Dantas (UNESP, UNICAMP, PUCSP). Doutor em Relações Internacionais. FAAP–SP – Faculdades Armando Alvares Penteado. 01001-900.

Palavras-chave:

Estados Unidos, Darwinismo Social, Alteridade, Política externa americana, Análise do discurso

Resumo

Este artigo busca discutir como certos formuladores de política externa dos Estados Unidos - aqui considerados presidentes e secretários de Estado - assumiram determinadas narrativas como parte de uma ideologia que distinguia entre quem poderia ser considerado cidadão e o “outro”, considerado com frequência como inferior, bárbaro ou constantemente dependente da ajuda. Durante esse período, houve também uma interpretação preconceituosa, baseada em uma ideologia denominada de “darwinismo social”: a suposição de que, assim como entre as espécies, os seres humanos também poderiam ser divididos entre raças. Essa divisão claramente privilegiou a noção de que os povos colonizados e as antigas colônias europeias não seriam intelectualmente avançados para constituir sociedades “avançadas”, instituições políticas e ordem. Portanto, queremos analisar como os aspectos históricos e sociais influenciam os fatores políticos por meio de narrativas que se perpetuam ao longo do tempo. É o caso da Doutrina Monroe e do Destino Manifesto, que, apesar de não aparecerem no período estabelecido, ocupam papel fundamental para a análise. Assumimos o papel da linguagem não apenas como uma ponte de significados, mas como um fenômeno essencialmente político, no qual diferenças e preconceitos são estabelecidos.

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Publicado

21/06/2021