Forças armadas, orçamento e autonomia militar

Autores

  • Samuel Alves Soares
  • Suzeley Kalil Mathias

Palavras-chave:

Governo, Forças Armadas, orçamento, defesa, buro­cracia, autonomia

Resumo

Avalia-se aqui como evoluíram as relações entre governo e Forças Armadas, e o comportamento destas no interior da burocracia de Estado com base na análise dos orçamentos federais desde o governo autoritário até o atual (1964-2001). Os dados indicam um declínio lento e constante dos gastos com a defesa, entremeados por repiques elevatórios no início de novos gover­nos. De maneira geral, sugerem que os governos civis definem o padrão orça­mentário sem interferência militar, embora os recursos sejam usados sem um acompanhamento adequado das atividades castrenses. Indica-se ainda que a autonomia castrense, isto é, a sua capacidade de definir seu campo de atua­ção, as normas que a norteiam e as missões a desempenhar, pode ser revigo­rada. Essa autonomia endêmica não é fruto de escolhas militares, mas da omissão do poder civil.

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Publicado

31/10/2007

Edição

Seção

Dossiê: Relações hemisféricas, segurança e governabilidade na América Latina