Ondas de intensificação de labor e crises

Autores

  • Sadi Dal Rosso

Palavras-chave:

Trabalho, Intensidade, Crise, Sistemas de organização do trabalho, Fordismo, Toyotismo,

Resumo

O processo de intensificação constitui um fato relevante no modo de organizar o labor no mundo contemporâneo. O trabalho foi transformado de maneira a induzir problemas magnos sobre as condições de sua realização. As formas de organizá-lo são hegemonicamente estabelecidas por princípios que fazem parte do assim chamado sistema Toyota de produção ou simplesmente toyotismo. Este sistema firmou-se a partir da crise do fordismo, nos anos 1970, como a maneira mais eficaz de produzir mais valor, tendo como base a elevação da intensidade do labor a um grau jamais alcançado. O aumento provoca resistências explícitas e implícitas. Chegaram também ao conhecimento público fatos antes inauditos de mortes por excesso de trabalho, suicídios relacionados às condições de trabalho, o que corrói a legitimidade social que a escola angariara. As crises econômicas também são ocasiões em que emergem críticas às escolas ou sistemas de organização do trabalho. O artigo examina questões relativas à crise econômica e repercussões sobre processo de trabalho, com base numa compreensão histórica de mudança dos sistemas, bem como numa interpretação da produção do valor no centro e na periferia do sistema capitalista.

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Reestruturação produtiva e precarização do trabalho