Candomblé, corpos e poderes

Autores

  • Ana Cristina de Souza Mandarino UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz. Professora Visitante do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas. Ilhéus – BA – Brasil. 45.662-900
  • Estélio Gomberg UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz. Professor Adjunto I do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas. Ilhéus – BA – Brasil. 45.662-900

Palavras-chave:

Religiões afro-brasileiras, Candomblé, Corpo, Poder,

Resumo

O presente artigo teve como objetivo principal apreender os mecanismos sociais encontrados no candomblé – uma das várias formas de expressões religiosas de matriz africana no Brasil. Ao adentrar neste sistema religioso terapêutico, os sujeitos vão experimentar e se confrontar com uma série de inovações na sua vida cotidiana, ampliando suas visões e percepções sobre as causalidades da doença, repercutindo na consideração da relação entre “corpo/mente/orixá (divindade)”, abrindo desta maneira uma nova opção no que tange às opções terapêuticas para estes. Diante da complexidade desta religião, o grupo em questão – adeptos e clientes externos – reafirma sua solidariedade intra e extra muros através da garantia da saúde física e social de seus membros, na medida em que opõe instâncias antagônicas representadas por sua visão de mundo: saúde/doença, vida/ morte. O equilíbrio entre estas instâncias se faz necessário para a afirmação daquilo que se torna elemento indispensável para o grupo: a manutenção da saúde.

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