As Forças Armadas, a fundação e a manutenção da ordem: uma relação estéril

Autores

  • Frederico Carlos de Sá Costa UFF – Universidade Federal Fluminense. Departamento de Estudos Estratégicos e Relações Internacionais. Niterói – RJ – Brasil.

Palavras-chave:

Forças Armadas, Estado, Ordem, Segurança estatal, Cultura cívica, Relação civil-militar,

Resumo

O presente artigo discute a relação civil-militar em função do que se denomina no Brasil por “manutenção da ordem”. A preocupação central é avançar a investigação relativa à segurança estatal vis a vis às Forças Armadas, incluindo um terceiro elemento, sensível à prática política brasileira: a manutenção e/ou imposição da ordem. A hipótese é de que o emprego das Forças Armadas na manutenção ou imposição da ordem é estéril. As Forças Armadas não são causa da ordem, mas consequência. O projeto de vida em comum sustentado pelo Estado origina-se em um acordo prévio que gera as instituições necessárias à sua perpetuação. As Forças Armadas não são capazes de reconstruir a ordem (sua ação não frutifica), esse projeto de vida em comum, mas apenas de preencher um vazio de poder e consenso político com a violência.

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Edição

Seção

Estado, Instituições e Democracia