Para além da ética burocrática em pesquisa qualitativa envolvendo seres humanos
DOI:
https://doi.org/10.1590/1981-5794-1911-9Palavras-chave:
Ética emancipatória, Empoderamento, Formação de professor de língua estrangeira,Resumo
Compromissos éticos em estudos envolvendo seres humanos têm sido considerados há poucas décadas. No entanto, preocupações a que comumente se restringem os pesquisadores são entendidas como típicas de ética denominada formal (e.g. anonimato, consentimento informado e ausência de fraudes). Neste artigo, enquanto defendemos que esse tipo de ética, também denominada burocrática, precisa ser superada, compartilhamos e ilustramos um exemplo materializado de ética defendida na pesquisa em humanas, nomeadamente, ética emancipatória. Esse exemplo é fornecido pela tese doutoral da primeira autora, sob orientação da segunda, e apresentado com considerações de ordens epistemológicas, ontológicas, metodológicas e éticas do início do processo investigativo ao seu final. Princípios da pesquisa emancipatória (CAMERON et al., 1992), do cuidado com o outro (NODDINGS, 1984) e, ainda, considerações éticas e metodológicas de Denzin (1997) e Christians (2006) para pesquisas sociais e humanas fundamentam este texto. Em suma, este artigo visa demonstrar formas de distribuição de poder e incorporação das vozes dos participantes em prática de pesquisa.
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