Para além da ética burocrática em pesquisa qualitativa envolvendo seres humanos

Autores

  • Lilian Kemmer Chimentão Universidade Estadual de Londrina (UEL). Centro de Letras e Ciências Humanas. Londrina – PR – Brasil. Departamento de Letras Estrangeiras Modernas. https://orcid.org/0000-0002-5226-074X
  • Simone Reis Universidade Estadual de Londrina (UEL). Centro de Letras e Ciências Humanas. Londrina – Paraná – Brasil. Departamento de Letras Estrangeiras Modernas. https://orcid.org/0000-0003-2916-5805

DOI:

https://doi.org/10.1590/1981-5794-1911-9

Palavras-chave:

Ética emancipatória, Empoderamento, Formação de professor de língua estrangeira,

Resumo

Compromissos éticos em estudos envolvendo seres humanos têm sido considerados há poucas décadas. No entanto, preocupações a que comumente se restringem os pesquisadores são entendidas como típicas de ética denominada formal (e.g. anonimato, consentimento informado e ausência de fraudes). Neste artigo, enquanto defendemos que esse tipo de ética, também denominada burocrática, precisa ser superada, compartilhamos e ilustramos um exemplo materializado de ética defendida na pesquisa em humanas, nomeadamente, ética emancipatória. Esse exemplo é fornecido pela tese doutoral da primeira autora, sob orientação da segunda, e apresentado com considerações de ordens epistemológicas, ontológicas, metodológicas e éticas do início do processo investigativo ao seu final. Princípios da pesquisa emancipatória (CAMERON et al., 1992), do cuidado com o outro (NODDINGS, 1984) e, ainda, considerações éticas e metodológicas de Denzin (1997) e Christians (2006) para pesquisas sociais e humanas fundamentam este texto. Em suma, este artigo visa demonstrar formas de distribuição de poder e incorporação das vozes dos participantes em prática de pesquisa.

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Biografia do Autor

Lilian Kemmer Chimentão, Universidade Estadual de Londrina (UEL). Centro de Letras e Ciências Humanas. Londrina – PR – Brasil. Departamento de Letras Estrangeiras Modernas.

Professora Adjunta do Departamento de Letras Estrangeiras da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Doutora em Estudos da Linguagem (2016), com foco de pesquisa em formação inicial de professores de inglês e identidades. Mestre em Educação (2010), com estudos voltados à formação continuada de professores. Especialista em Língua Inglesa (2005), Língua Portuguesa (2004) e Metodologia do Ensino Superior (2006). Graduada em Letras-Anglo-portuguesas (2002). Possui experiência profissional na área de ensino de língua inglesa na Educação Básica e Ensino Superior, assim como, na formação de professores no Ensino Superior. Atua no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência. As principais áreas de interesse de pesquisa são: formação de professores na perspectiva histórico-crítica social e ensino-aprendizagem de língua inglesa.

Simone Reis, Universidade Estadual de Londrina (UEL). Centro de Letras e Ciências Humanas. Londrina – Paraná – Brasil. Departamento de Letras Estrangeiras Modernas.

Professora Associada no Departamento de Letras Estrangeiras Modernas na Universidade Estadual de Londrina (UEL). Líder do Grupo de Pesquisa Linguagem e Poder (CNPq-2013). Realizou estudos pós-doutorais junto ao Centro de Pesquisa Valibel ? Discours et Variation, no Instituto de Linguagem e Comunicação da Université catholique de Louvain (UCL), em fevereiro de 2010. Concentrou seus estudos na Holanda, em análise crítica do discurso, junto ao Instituto de Educação da Radboud Universiteit Nijmegen, em metáforas e metonímias enquanto focos de análise crítica do discurso, junto à Vrije Universiteit Amsterdam; em análise de dados verbais, visuais e gestuais, junto ao Max Planck Institute for Psycholinguistics, Nijmegen (abril a agosto de 2010).

Publicado

19/11/2019

Como Citar

CHIMENTÃO, L. K.; REIS, S. Para além da ética burocrática em pesquisa qualitativa envolvendo seres humanos. ALFA: Revista de Linguística, São Paulo, v. 63, n. 3, 2019. DOI: 10.1590/1981-5794-1911-9. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/alfa/article/view/11410. Acesso em: 23 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos Originais