Vogais arredondadas do francês por falantes do português brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.1590/1981-5794-e12798Palavras-chave:
aquisição de vogais do francês, aquisição de LE, Teoria da Otimidade EstocásticaResumo
O foco do presente estudo está na aquisição das vogais frontais arredondadas do francês por falantes nativos do português do Brasil (PB). Com o suporte da Teoria da Otimidade Estocástica (TO Est) e com o pressuposto de que a aquisição de uma língua estrangeira implica sobretudo a organização de uma nova gramática, este estudo objetiva, com base empírica emprestada de Alcântara (1998), descrever e formalizar a emergência das vogais /y/, /ø/, /oe/ na fonologia do francês como língua estrangeira em falantes nativos do PB, buscando-se explicações para a presença de formas em variação nesse processo. A análise via TO Est foi capaz de explicar e de formalizar a ordenação /y/ > /ø/ > /oe/ na construção do sistema vocálico do francês por aprendizes brasileiros, com uma visão de gramática sustentada na noção de traços distintivos como parte de restrições universais, por meio da conjunção das restrições de altura e de ponto dos segmentos vocálicos. Além disso, permitiu formalizar o diferente papel que o arredondamento vocálico desempenha nas gramáticas fonológicas do português e do francês.
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