Identidade e identificação: entre semiótica e psicanálise
Palavras-chave:
Semiótica, Psicanálise, Identidade, Identificação,Resumo
O texto investiga os conceitos de identidade e de identificação na interface da semiótica greimasiana e da psicanálise freudiana. Defende a interface com o argumento de que a semiótica não pode pretender fazer tabula rasa de conceptualizações por vezes fecundas que foram ou são trabalhadas em outros campos do saber. Basta tomá-las como problemáticas a serem semiotizadas, isto é, ajustadas à pertinência do seu método e enfoque. O texto compara sugestões sobre os conceitos, apresentadas no Dicionário de Semiótica (GREIMAS; COURTÉS, 1979), com proposições e reflexões posteriores (LANDOWSKI, 1992; ZILBERBERG, 1981). Explora em seguida formulações freudianas sobre identidade e identificação, para propor uma projeção conjunta dos dois num único “quadrado semiótico” que os integre. Propõe que a identidade seja definida como paixão-limite, pois, em sentido forte, é um impossível de se obter, nas relações passionais, e que a identificação seja definida como compaixão, no sentido de tentar (com-)partilhar o pathos (isto é, valores modais e tímicos) do outro. Nota, por fim, que, em semiótica e em psicanálise, tanto o principal mentor de uma (GREIMAS) quanto o criador da outra (FREUD) reconheceram a insuficiência deixada por ambas as teorias quanto aos conceitos em questão. O texto pretendeu apresentar algumas sugestões para tentar reverter a situação.
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