Variação e mudança na história das vogais médias tônicas da língua portuguesa
uma interpretação das rimas da poesia do passado
DOI:
https://doi.org/10.1590/1981-5794-e17095Palavras-chave:
Vogais médias tônicas, rimas, história do português, variação, mudançaResumo
O objetivo deste artigo é obter pistas sobre a pronúncia das vogais médias tônicas no português dos séculos XIII, XV, XVI e XVII, a partir da observação das rimas da poesia de então. Serviram de corpora para esta pesquisa as Cantigas de Santa Maria de Afonso X, o Cancioneiro Geral de Garcia de Resende, Os Lusíadas de Camões e os sonetos do poeta luso-brasileiro Gregório de Matos. A metodologia adotada neste estudo consiste, essencialmente, no mapeamento e análise de todas as rimas, nos corpora referidos, envolvendo vogais médias, na sílaba acentuada. Levando-se em consideração o fato de que a escrita antiga, como a atual, dispunha de apenas dois grafemas para representar os quatro fonemas referentes às vogais médias tônicas da língua portuguesa, foram avaliadas e comparadas, neste trabalho, as possibilidades e impossibilidades de rima entre vogais médias representadas por grafemas idênticos. Os resultados da pesquisa sugerem que havia intensa variação fonética na pronúncia das vogais médias tônicas da língua portuguesa, entre os séculos XV e XVII (pelo menos), e que, em alguns casos, essa variação resultou em mudança, no decorrer da história da língua.
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