Sinais de pontuação na fala
construcionalizações
DOI:
https://doi.org/10.1590/1981-5794-e17277Palavras-chave:
sinais de pontuação, função, lexicalização, oralidadeResumo
Nesse texto, discutimos algumas expressões da oralidade relativamente estáveis em língua portuguesa que apresentam sinais de pontuação em sua construção. Como os sinais de pontuação são sinais gráficos (visuais) típicos da escrita, analisamos as funções que os sinais de pontuação assumem tanto na escrita como nas construções em que são usados na oralidade. Como referencial teórico, recorremos principalmente a Nunberg (1990), Dahlet (1995, 1998, 2002, 2006b, 2006a) e Bredel (2020) que oferecem sistematizações compatíveis entre si dos sinais de pontuação, e recorremos a Traugott & Trousdale (2021) para entender o processo de construcionalização em que os sinais se envolvem na oralidade. Diferentemente dos processos de construcionalização geralmente encontrados na literatura, nosso objeto de análise é de natureza tipográfica e não morfológica. Percebemos que apenas sete (dos onze) sinais de pontuação ganham expressão na oralidade e que esses sinais se distribuem em diferentes gradiências de lexicalização: os sinais finalizadores (ponto, interrogação, exclamação e reticências) recebem valor referencial na oralidade, ao passo que vírgula, aspas e parênteses permanecem com valor metalinguístico — sendo que os sinais duplos podem ser gestualizados.
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