Compreendendo o “inglês como língua franca” (ILF) através da “superação por incorporação” (aufhebung)
esclarecimentos sobre as críticas marxistas de O’Regan em relação ao ILF
DOI:
https://doi.org/10.1590/1981-5794-e17593Palavras-chave:
Inglês como língua franca, marxismo, Vigotski, linguística aplicadaResumo
Este é um artigo analítico que se enquadra em uma disputa específica e controversa enfrentada pelos estudiosos do Inglês como Língua Franca (ILF) que ainda reverbera em estudos no campo da Linguística Aplicada. O ILF, como área, foi questionado durante seu desenvolvimento e suas maiores críticas parecem derivar de uma postura marxista. Nesse cenário, a partir de quatro artigos que retratam os ataques e defesas publicados na revista Applied Linguistics entre os anos de 2014 e 2015, este trabalho objetiva analisar essas publicações, elucidando alguns de seus pontos de divergência para, posteriormente, apresentar uma compreensão sobre ILF superada por uma postura epistemológica marxista, com potencial de responder algumas das críticas que O’Regan dirige ao campo. A postura epistemológica marxista deste estudo deriva de sua filiação à abordagem histórico-cultural de Vigotski para o desenvolvimento humano embasado no materialismo histórico-dialético. Nesse sentido, este artigo tenta fazer um movimento dialético de aufhebung, propondo superar por incorporação (abolir, preservar e transcender) alguns aspectos que ainda possibilitam tais críticas ao ILF, ao mesmo tempo em que apresenta, dialeticamente, o ILF como um conceito científico vigotskiano para, então, tentar responder a algumas das críticas recebidas de O’Regan.
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