A dialética hegeliana no livro de Mikhail Bakhtin sobre François Rabelais
DOI:
https://doi.org/10.1590/1981-5794-e19810Palavras-chave:
Dialética; Ambivalência; Georg Hegel; Mikhail Bakhtin.Resumo
O objetivo deste artigo é mostrar que os princípios da ambivalência e da inconclusibilidade da cultura popular do riso, da ação do povo na Idade Média, do corpo histórico e da relação ser humano/mundo no banquete festivo-popular presentes no livro A obra de François Rabelais e a cultura popular na Idade Média e no Renascimento (1965) e no texto “Rabelais e Gógol (A arte da palavra e a cultura cômica popular)” (1940, 1970) foram desenvolvidos, entre outras abordagens, à luz da dialética hegeliana. De caráter bibliográfico, a metodologia desta pesquisa se constituiu dos seguintes passos: a busca por declarações do próprio Bakhtin e de estudiosos de sua obra a respeito da pertinência da dialética como origem do conceito de ambivalência e de outras categorias do livro de M. Bakhtin sobre F. Rabelais; a leitura e a identificação dos princípios da fenomenologia e da dialética nos textos de Georg Hegel e de seus comentadores; a identificação das categorias do livro de M. Bakhtin sobre F. Rabelais desenvolvidas mediante a dialética hegeliana; por fim, a determinação dos desdobramentos e avanços da teoria bakhtiniana em relação ao filósofo alemão. Os resultados apontaram que as imagens do realismo grotesco se filiam, por um lado, ao conceito de devir hegeliano, mas, por outro, se distanciam deste por seu caráter imagético, visual, palpável, corporal.
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