O papel dos núcleos baixos na interpretação de causalidade em português brasileiro: algumas notas sobre decomposição de eventos, f-seq e nanossintaxe
DOI:
https://doi.org/10.1590/1981-5794-1909-8Palavras-chave:
Causativização, Decomposição de eventos, Classes acionais, Nanossintaxe, Hierarquia funcional do domínio verbal,Resumo
Neste trabalho, investigamos o processo de causativização no português brasileiro, buscando compreender as restrições e generalizações que permitem explicar os dados aparentemente caóticos de nossa língua. Para tal, utilizamos o método hipotéticodedutivo e partimos da tese de que são elementos do domínio acional que determinam o comportamento dos verbos em relação à incidência de causalidade. Como consequência, apresentamos neste artigo uma revisão teórica das classes acionais, utilizando ferramentas de um modelo decomposicionista recente denominado Nanossintaxe (STARKE, 2009). Com isso, será possível entender as restrições mais rigorosas que as classes ‘estado’ e ‘accomplishment’, por exemplo, impõem para o fenômeno da causativização, levando em conta conceitos sintático-semânticos mais finos, como Iniciação, Processo, Resultado e Limite. Concluímos, deste modo, que para um predicado ser interpretado enquanto causativo faz-se necessário que o evento por ele denotado seja de natureza dinâmica. Além disso, demonstramos que a sequência funcional (f-seq) da forma como é proposta dentro do modelo nanossintático permite explicar a associação de mais de um nódulo sintático a um mesmo argumento verbal, assim como a sua desassociação e consequente identificação com um núcleo causativo nulo.
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