Descrição e análise da assimilação argumentativa
DOI:
https://doi.org/10.1590/1981-5794-e19388Palavras-chave:
Persuasão; Convencimento; Modelo dialogal da argumentação; Interação; Dano moral.Resumo
Apresentamos, neste trabalho, a descrição de um fenômeno interacional e argumentativo que nomeamos de “assimilação argumentativa”, o qual representa o momento em que dois discursos recalcitrantes, antagônicos, passam a representar um alinhamento argumentativo, a partir da adesão à fala de um proponente por um oponente. A partir de uma revisão dos estudos retóricos, problematizamos a dicotomia “persuadir” vs. “convencer” (Perelman; Olbrechts-Tyteca, 2008; Perelman, 1989, 1999, 2002; Meyer, 2008a, 2008b; Grize, 1995; Angenot, 2008), com o objetivo de mostrar a atuação das quatro etapas do processo de assimilação argumentativa, via Diagrama de Venn. Por meio de metodologia que preconiza o estudo da argumentação com foco na interação verbal e, ainda, com amparo nos estudos da análise conversacional e do Modelo dialogal da argumentação (Plantin, 2008, 2016; Plantin; Doury, 2015; Traverso, 2007; Kerbrat-Orecchioni, 1992, 2011; Damasceno-Morais, 2021, 2022, 2023a, 2023b), apresentamos análise de um estudo de caso, oriundo do banco de dados ‘Tribunal’, e que ilustra o fenômeno. Concluímos que o estudo da argumentação numa perspectiva interacional é profícuo para nos ajudar a enxergar fenômenos afins, o que não seria possível se seguíssemos à letra os estudos da argumentação em perspectiva meramente lógico-matemática e formalista, num ideal cartesiano que deixa de fora o olhar para as idiossincrasias do fio da interação argumentativa.
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