Modelos sintáticos na gramaticografia ocidental: dos casos às funções

Autores

  • Francisco Eduardo Vieira Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), João Pessoa, PB, Brasil https://orcid.org/0000-0001-5076-4488
  • Carlos Alberto Faraco Universidade Federal do Paraná (UFPR), Setor de Ciências Humanas e Letras, Curitiba, PR, Brasil https://orcid.org/0000-0001-5509-9560

DOI:

https://doi.org/10.1590/1981-5794-e19857

Palavras-chave:

Historiografia da Linguística, Gramaticografia, Sintaxe, Modelos sintáticos

Resumo

Este artigo tem como objetivo investigar, ao longo da história da sintaxe, movimentos retóricos e descritivos que levaram a gramaticografia ocidental da análise baseada nos casos latinos à análise baseada em funções sintáticas. Segue-se a linha sugerida por Colombat et al. (2017, p. 129), segundo os quais, a análise lógica da proposição foi de fato sistematizada nas gramáticas das línguas modernas europeias somente a partir do século 17, com os racionalistas franceses de Port-Royal. A base disciplinar da pesquisa é a Historiografia da Linguística (Swiggers, 2009a; Koerner, 2020) e, de modo particular, a historiografia da gramaticografia (Swiggers, 2020, entre outros). Os resultados indicam que a ambivalência da categoria “caso”, compreendida como fenômeno tanto flexional quanto lógico-semântico desde a Gramática castellana de Nebrija (1492), só foi finalmente resolvida pela gramaticografia francesa de meados do século 18, o que levou à substituição de um modelo sintático baseado em casos por um modelo baseado em funções. O estudo abre um percurso investigativo relevante: explorar as repercussões da mudança de modelos sintáticos dos casos às funções na continuidade da gramaticografia ocidental, sobretudo de língua portuguesa.

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Biografia do Autor

Francisco Eduardo Vieira, Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), João Pessoa, PB, Brasil

Professor de Linguística do Curso de Letras e do Programa de Pós-Graduação em Linguística (PROLING) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Doutor em Letras (Linguística) pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Carlos Alberto Faraco, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Setor de Ciências Humanas e Letras, Curitiba, PR, Brasil

Carlos Alberto Faraco é professor emérito da UFPR, onde atua como professor colaborador do PPGL. É doutor em Linguística Românica pela University of Salford, com pós-doutorado em Linguística pela University of California.

Publicado

03/12/2025

Como Citar

VIEIRA, F. E.; FARACO, C. A. Modelos sintáticos na gramaticografia ocidental: dos casos às funções. ALFA: Revista de Linguística, São Paulo, v. 69, 2025. DOI: 10.1590/1981-5794-e19857. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/alfa/article/view/19857. Acesso em: 5 dez. 2025.

Edição

Seção

Artigos Originais