Modelos sintáticos na gramaticografia ocidental: dos casos às funções
DOI:
https://doi.org/10.1590/1981-5794-e19857Palavras-chave:
Historiografia da Linguística, Gramaticografia, Sintaxe, Modelos sintáticosResumo
Este artigo tem como objetivo investigar, ao longo da história da sintaxe, movimentos retóricos e descritivos que levaram a gramaticografia ocidental da análise baseada nos casos latinos à análise baseada em funções sintáticas. Segue-se a linha sugerida por Colombat et al. (2017, p. 129), segundo os quais, a análise lógica da proposição foi de fato sistematizada nas gramáticas das línguas modernas europeias somente a partir do século 17, com os racionalistas franceses de Port-Royal. A base disciplinar da pesquisa é a Historiografia da Linguística (Swiggers, 2009a; Koerner, 2020) e, de modo particular, a historiografia da gramaticografia (Swiggers, 2020, entre outros). Os resultados indicam que a ambivalência da categoria “caso”, compreendida como fenômeno tanto flexional quanto lógico-semântico desde a Gramática castellana de Nebrija (1492), só foi finalmente resolvida pela gramaticografia francesa de meados do século 18, o que levou à substituição de um modelo sintático baseado em casos por um modelo baseado em funções. O estudo abre um percurso investigativo relevante: explorar as repercussões da mudança de modelos sintáticos dos casos às funções na continuidade da gramaticografia ocidental, sobretudo de língua portuguesa.
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