Concordância nominal e funcionalismo

Autores

  • Maria Marta Pereira Scherre

Palavras-chave:

Concordância nominal, princípios funcionalistas, variação lingüística,

Resumo

Neste trabalho defendemos que a variação na concordância de número no sintagma nominal em português do Brasil não se explica pelo princípio de economia lingüística, no sentido de que "quanto mais impredizível a informação, mais material que a codifique é necessário" (Haiman, 1983, p.802), ou em outras palavras, "o que é predizivel requer menos codificação do que o que não é" (p.807). Apresentamos uma análise de cinco variáveis independentes e concluímos que os elementos flexionais do sintagma nominal apresentam + marcas explícitas de plural se (1) estão em um contexto de mais pluralidade; (2) apresentam mais coesão sintagmática; e (3) apresentam o arquitraço [+saliente]. A partir daí, defendemos que o fenômeno analisado pode ser mais bem explicado por princípios não-informacionais, como o princípio de saliência de Naro, o princípio de coesão de Cornish (1986) e o princípio de processamento com paralelismo (Scherre, 1988a).

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Como Citar

SCHERRE, M. M. P. Concordância nominal e funcionalismo. ALFA: Revista de Linguística, São Paulo, v. 41, n. 1, 2001. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/alfa/article/view/4038. Acesso em: 23 abr. 2024.