Vítimas e vilões em <i>reality shows</i> no Brasil: representações e avaliações com base em evidências léxico-gramaticais

Autores

  • Cristiane Fuzer UFSM – Universidade Federal de Santa Maria. Centro de Artes e Letras. Santa Maria – RS – Brasil. 97.105-900

Palavras-chave:

Gramática sistêmico-funcional, Transitividade, Representação, Avaliatividade, Contexto, Mídia,

Resumo

O objetivo deste trabalho é analisar, com base em ocorrências léxico-gramaticais e semântico-discursivas, representações construídas em artigos de opinião publicados em jornais brasileiros. Foram verificadas as funções léxico-gramaticais desempenhadas pelos atores sociais selecionados a partir da recorrência no corpus, bem como as marcas de avaliação para as representações identificadas. Para isso, foram utilizados pressupostos teóricos da Linguística Sistêmico-Funcional, combinando categorias do sistema de transitividade de Halliday e Matthiessen (2004), das formas de representação de atores sociais de Van Leeuwen (1997) e do sistema de avaliatividade de Martin e White (2005). Os resultados mostram que os atores sociais mais frequentes no discurso são o próprio articulista, o reality show, os participantes do programa e os telespectadores. Eles aparecem ora ativados, ora passivados, dependendo do contexto linguístico a que se relacionam. A presença de marcas linguísticas de julgamento e apreciação, muitas vezes acompanhadas de gradação, evidencia avaliações negativas para o reality show e seus agentes, ao passo que o uso de marcas de afeto sinaliza uma defesa dos participantes por parte da voz autoral. Assim como os brothers, telespectadores brasileiros são representados como vítimas do sistema capitalista vigente, que se faz presente nas dinâmicas dos reality shows.

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Como Citar

FUZER, C. Vítimas e vilões em <i>reality shows</i> no Brasil: representações e avaliações com base em evidências léxico-gramaticais. ALFA: Revista de Linguística, São Paulo, v. 56, n. 2, 2012. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/alfa/article/view/5532. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos Originais