MERCADO LINGUÍSTICO E CAPITAL SIMBÓLICO NO DISPOSITIVO ESCOLAR: UM ESTUDO DISCURSIVO SOBRE AS LÍNGUAS ESTRANGEIRAS
LANGUAGE MARKET AND SYMBOLIC CAPITAL IN THE SCHOOL DEVICE: A DISCURSIVE APPROACH TO FOREIGN LANGUAGE
DOI:
https://doi.org/10.21709/casa.v15i2.17002Resumo
Este artigo focaliza como os sujeitos, estudantes de línguas estrangeiras (doravante LEs) da escola regular básica, mobilizam sentimentos e atitudes relacionados a um imaginário social, construído historicamente por meio de práticas políticas, econômicas, educacionais e, ao mesmo tempo, discursivas, que se sustentam por meio de uma memória sobre o papel e o valor das LEs em nossa sociedade. Assim, o objetivo proposto é explorar a relação que os estudantes estabelecem com as línguas a partir de enunciações coletadas em uma entrevista de caráter narrativo, a fim de identificar as condições de produção de determinados enunciados. Teoricamente, os estudos de Bourdieu (1983, 1998, 2000) são fundamentais – em especial os conceitos de habitus, capital simbólico (cultural, social e linguístico) e mercado linguístico –, ao considerarmos que em qualquer interação há lucros linguísticos que mobilizam interesses e que fazem funcionar as relações de poder (FOUCAULT, 2016). A análise deflagra que é no dispositivo escolar onde: se constroem saberes de âmbito ideológico sobre as LEs; se constitui o sujeito que enuncia sobre as LEs ao materializar o valor que as línguas adquirem no mercado linguístico; e se evidencia, manuseia, reproduz ou transforma o acesso aos capitais simbólicos na forma como são distribuídos socialmente.
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