CONSTRUÇÃO DISCURSIVA DO ADULTO POR JOVENS FRANCESAS: PERSPECTIVA DINÂMICA

Autores

  • Elizabeth Harkot-de-La-Taille USP - Universidade de São Paulo
  • Françoise Bariaud Université de Rennes 2- Laboratório "Dynamiques de la construction du Soi”

DOI:

https://doi.org/10.21709/casa.v9i1.4422

Palavras-chave:

Construção discursiva, Jovem, Adulto, Semiótica discursiva, Entrevistas compreensivas.

Resumo

O que é ser adulto? Eis uma questão pouco debatida, na academia. Essa e outras perguntas afins foram submetidas a três grupos etários, de cerca de 16, 20 e 25 anos, de jovens francesas da cidade de Rennes, em entrevistas compreensivas. Após uma triagem por qualidade sonora e profundidade de abordagem do tema, restou um corpus de quatorze entrevistas, gerando um total aproximado de 250 minutos de documentos sonoros. Esses documentos foram analisados pela perspectiva da semiótica discursiva, com o fim de identificar a construção discursiva do adulto em cada uma das três faixas etárias e entre elas. Pôde-se constatar que a ideia de o que é ser adulto não é a mesma aos 16, 20 e 25 anos. De bastante idealizado aos 16 anos, o adulto vai-se humanizando paulatinamente. Mesmo mais humanizado, o adulto permanece muito próximo à imagem tradicional do homem provedor. De quatorze entrevistadas, treze afirmam não serem e não quererem se tornar adultas. Atribuímos essa relutância a uma mudança de perspectiva: antes, o jovem era pensado em relação ao adulto, preparava-se para sê-lo; hoje, o adulto é pensado em relação ao jovem, como aquele que perde uma série de prerrogativas.

Biografia do Autor

Elizabeth Harkot-de-La-Taille, USP - Universidade de São Paulo

Mestre (1990) e Doutora (1996) em Semiótica e Linguística Geral, USP. Docente do Departamento de Letras Modernas, Área de Estudos Linguísticos e Literários em Inglês, FFLCH, USP.

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Publicado

27/07/2011

Edição

Seção

Artigos