SAUDADE E NOSTALGIA: CONFIGURAÇÕES PASSIONAIS DA FALTA NO SHOW ROSA DOS VENTOS, DE MARIA BETHÂNIA

Autores

  • Renato Forin Junior UEL - Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.21709/casa.v10i1.5284

Palavras-chave:

Saudade, nostalgia, Maria Bethânia, Rosa dos ventos, canção.

Resumo

Saudade e nostalgia são paixões que, por vezes, apresentam um caráter indistinto. O presente artigo busca, na abordagem semiótica, ferramentas que esclareçam as configurações passionais destes sentimentos tão difundidos na língua portuguesa e ainda pouco estudados pela teoria da significação. A partir de definições dos lexemas, da investigação etimológica e, finalmente, de análises das modalizações semióticas, o trabalho traça as principais diferenças entre os afetos ligados à falta. Tais estados de alma surgem, em geral, em um sujeito privado de um objeto-valor, o que produz um estado disfórico.  O discurso patemizado reflete, então, os impasses modais de um “querer estar conjunto”, apesar da impossibilidade. A nostalgia caracteriza-se como uma modalidade específica de saudade. Para uma compreensão mais prática destes limites conceituais – além de citar uma série de textos literários e jornalísticos – o artigo evoca trechos do espetáculo Rosa dos ventos, estrelado por Maria Bethânia em 1971. Em plena ditadura militar, o show cantava a saudade dos exilados políticos por meio de um roteiro composto por poesias e canções.

Biografia do Autor

Renato Forin Junior, UEL - Universidade Estadual de Londrina

Mestrando no Programa de Pós-graduação em Letras (Estudos Literários) da Universidade Estadual de Londrina (PR). O pesquisador é bolsista da CAPES. Contato: renatoforin@gmail.com.

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Publicado

24/08/2012

Edição

Seção

Artigos