FRAGMENTAÇÃO E MEMÓRIA

Autores

  • Mariana Luz Pessoa de Barros Universidade de São Paulo – USP

DOI:

https://doi.org/10.21709/casa.v12i1.7121

Palavras-chave:

Semiótica, Autobiografia, Fragmentação, Infância.

Resumo

Em Infância, de Graciliano Ramos (2003), a memória deixa-se apreender sob a forma de um mosaico, que tem no esquecimento sua força criadora. Não é dada a ver por inteiro, mas por fragmentos do que foi. A fragmentação está presente em diversos níveis da construção da obra, como no modo de ordenar os breves capítulos, que possuem grande autonomia em relação ao todo, ou na própria linguagem, cheia de descontinuidades. É ela que possibilita o acolhimento do fazer ficcional. Partindo dessas observações, fazemos neste artigo uma análise do modo como a fragmentação se constrói na obra para, em seguida, mostrarmos de que forma os vazios deixados pelo esquecimento são preenchidos no processo de reconstrução do passado.

Biografia do Autor

Mariana Luz Pessoa de Barros, Universidade de São Paulo – USP

Pós-doutoranda no Programa de Pós-graduação em Semiótica e Linguística Geral da Universidade de São Paulo – USP.

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Publicado

21/07/2014

Edição

Seção

Artigos