A EXTENSÃO DO ACONTECIMENTO MIDIÁTICO: UMA LEITURA SEMIÓTICA PELOS CONCEITOS DE FIDÚCIA E CONCESSÃO

Autores

  • Conrado Moreira Mendes UNINCOR – Universidade Vale do Rio Verde

DOI:

https://doi.org/10.21709/casa.v12i1.7125

Palavras-chave:

Acontecimento, Mídia, Concessão, Fidúcia, Tensividade.

Resumo

Com base nas propostas da semiótica tensiva, analisamos, no presente artigo, o relato jornalístico do Caso Isabella Nardoni, inscrito na categoria jornalística fait divers, ou seja, notícias de caráter fortuito, inesperado, de patente caráter estésico. Em específico, examinamos a cobertura realizada pelo Jornal Nacional, noticiário exibido pela TV Globo, do assassinato de Isabella, menina de cinco anos, morta pelo pai e pela madrasta em 2008. O caso teve uma das maiores repercussões da primeira década dos anos 2000. Valemo-nos, aqui, dos conceitos de fidúcia e concessão para explicar por que malgrado o transcurso do tempo, a repercussão do caso em questão ter sido tão duradoura. Uma razão para tal manutenção de carga tímica se justifica pela modalidade do crer no inacreditável, o que remete à noção semiótica de concessão, quer dizer, embora não fosse possível, tal coisa aconteceu. A partir da relação entre tais conceitos, pôde-se depreender um enunciatário em cujo campo de presença a tonicidade se projeta sobre a temporalidade, criando um efeito de persistência.

Biografia do Autor

Conrado Moreira Mendes, UNINCOR – Universidade Vale do Rio Verde

Docente da UNINCOR – Universidade Vale do Rio Verde.

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Publicado

21/07/2014

Edição

Seção

Artigos