VESTÍGIOS DO CORPO EM UM ROMANCE DE FICÇÃO CIENTÍFICA
DOI:
https://doi.org/10.21709/casa.v14i1.8253Palavras-chave:
Semiótica do vestígio, Corpo, Philip K. Dick, Ficção científica.Resumo
Revendo a relação entre corpo, cultura e linguagem (iniciada em Sémiotique des Passions, 1991), Jacques Fontanille procura estabelecer, na teoria semiótica francesa, um diálogo entre o sensível e o inteligível, a partir de um novo ângulo: assumindo um corpo biopsíquico como importante entidade na construção do sentido, responsável por unir expressão e conteúdo, e presente no texto como vestígio da experiência, transformado em semiótica-objeto, plano de imanência e figura. No livro Corps et Sens (2011), o semioticista entrelaça arcabouços teóricos oriundos das ciências humanas e naturais, com conceitos de ordem semiolinguística, propondo uma abordagem do sentido que relaciona a propriocepção, a enunciação, a figuração, os campos sensoriais, os vestígios materiais e a percepção de fenômenos, buscando uma relação entre corpo, discurso e práticas semióticas. Nesse artigo, pretende-se demonstrar facetas desse tipo de abordagem em relação ao texto literário. O romance escolhido, Os androides sonham com ovelhas elétricas? (1968), é um famoso texto de Philip K. Dick, autor norte-americano de ficção científica conhecido por produzir mundos distópicos e personagens que estão sempre à volta com questões sobre a identidade e os seus corpos.
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