Notas críticas sobre o debate metodológico entre ortodoxia e heterodoxia na “Ilustríssima”

Autores

  • Alvaro Martins Siqueira Universidade Federal Fluminense (Uff), Niterói – RJ – Brasil.
  • Rodrigo Constantino Jerônimo Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Ciências e Letras, Araraquara – SP – Brasil.

Palavras-chave:

Metodologia econômica, Ontologia, Filosofia da ciência

Resumo

O objetivo deste artigo é argumentar que o debate metodológico em Economia ainda reverbera noções de teor positivista, que já foram superadas em filosofia da ciência para dar lugar ao que atualmente constitui um consenso: não é possível interpretar e agir sobre o mundo sem uma concepção prévia que contenha juízo de valores, crenças, pressupostos, etc., ou, em outras palavras, não é possível interpretar e agir sobre o mundo sem uma ontologia. Se a ala ortodoxa ainda crê representar a mais positivista neutralidade axiológica, boa parte dos heterodoxos declaram que essas concepções ontológicas sobre o mundo são, além de inelimináveis, incomensuráveis. Espera-se argumentar que a consequência problemática desse posicionamento é que ele termina por render irrelevantes as concepções mais profundas sobre o funcionamento da realidade. O texto se compromete, então, a uma análise que aponte críticas que se estendem aos dois lados do debate metodológico travado na “Ilustríssima”.

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Publicado

29/05/2024

Edição

Seção

Artigos