O “Trenzinho do caipira”

as performances e a ilusão enunciativa de uma canção de memórias e histórias

Autores

  • Maria Cláudia Bachion Ceribeli Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Programa de Pós-graduação em Letras. Piúma – ES – Brasil.

Palavras-chave:

Trenzinho do caipira, performance, literatura e canção

Resumo

O artigo analisa a canção Trenzinho do caipira, de Villa Lobos e Ferreira Gullar, como objeto histórico repleto de memórias e histórias concretizadas nas performances que são realizadas. Observou-se que, em cada uma, os elementos que fazem parte da canção são organizados de acordo com o que o cancionista deseja comunicar, mas a voz que canta e a persona do cantor exercem papel essencial na mensagem. A canção já foi concretizada em performances diversas, sem deixar de remeter aos sons da Maria Fumaça e o que eles significam, historicamente e para a individualidade de Ferreira Gullar. A metodologia incluiu analisar a canção em sua performance, observando, além dos versos da canção, elementos que fazem parte da obra, como os tipos de instrumentos musicais, timbres, ritmos, alturas, a persona do cantor, e como esses elementos são articulados nas canções entoadas por Edu Lobo e Ney Matogrosso. Espera-se que o leitor/ouvinte realize escutas da canção considerando-a como um objeto histórico, contextualizado, multissígnico, em que música, palavra e performance atuam de forma a gerar novas obras a cada execução, de acordo com a forma como o cancionista interpreta o que está, mas também o que não está na partitura.

Biografia do Autor

Maria Cláudia Bachion Ceribeli, Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Programa de Pós-graduação em Letras. Piúma – ES – Brasil.

Mestrado em Letras na área de concentração dos Estudos Literários, pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES, 2019).Especialista em Ciências da Educação pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) e pela Università Ca Foscari Venezia. Possui MBA em Comunicação e Marketing Empresarial pela Universidade de Rio Verde (FESURV) e Licenciatura Plena em Educação Artística pela Universidade de Franca (UNIFRAN). Docente desde 1984, tendo atuado até 2004 na Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e, a partir de 2005, na Secretaria da Educação do Estado de Goiás, onde permaneceu até 2010. Entre 2011 e 2015, atuou como professora de Arte no Estado do Espírito Santo. Atualmente é professora efetiva de Arte no Instituto Federal do Espírito Santo (IFES) e coordenadora do Núcleo de Arte e Cultura do Campus Piúma.

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Publicado

04/04/2022

Edição

Seção

Tema Livre