O “Trenzinho do caipira”
as performances e a ilusão enunciativa de uma canção de memórias e histórias
Palavras-chave:
Trenzinho do caipira, performance, literatura e cançãoResumo
O artigo analisa a canção Trenzinho do caipira, de Villa Lobos e Ferreira Gullar, como objeto histórico repleto de memórias e histórias concretizadas nas performances que são realizadas. Observou-se que, em cada uma, os elementos que fazem parte da canção são organizados de acordo com o que o cancionista deseja comunicar, mas a voz que canta e a persona do cantor exercem papel essencial na mensagem. A canção já foi concretizada em performances diversas, sem deixar de remeter aos sons da Maria Fumaça e o que eles significam, historicamente e para a individualidade de Ferreira Gullar. A metodologia incluiu analisar a canção em sua performance, observando, além dos versos da canção, elementos que fazem parte da obra, como os tipos de instrumentos musicais, timbres, ritmos, alturas, a persona do cantor, e como esses elementos são articulados nas canções entoadas por Edu Lobo e Ney Matogrosso. Espera-se que o leitor/ouvinte realize escutas da canção considerando-a como um objeto histórico, contextualizado, multissígnico, em que música, palavra e performance atuam de forma a gerar novas obras a cada execução, de acordo com a forma como o cancionista interpreta o que está, mas também o que não está na partitura.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os manuscritos aceitos e publicados são de propriedade da Revista de Letras. Os originais deverão ser acompanhados de documentos de transferência de direitos autorais contendo assinatura dos autores.
É vedada a submissão integral ou parcial do manuscrito a qualquer outro periódico.
A responsabilidade do conteúdo dos artigos é exclusiva dos autores.
É vedada a tradução para outro idioma sem a autorização escrita do Editor ouvida a Comissão Editorial.