Desenraizamento em “O Velho Chefe Mshlanga”, de Doris Lessing

Um bildung do pós-colonialismo de povoamento

Autores

  • Déborah Scheidt Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Professora adjunta do Departamento de Estudos da Linguagem. Ponta Grossa – Paraná – Brasil

Palavras-chave:

Pós-colonialismo de povoamento, Bildung, Deslocamento/ Desenraizamento, “O Velho Chefe Mshlanga”

Resumo

“O Velho Chefe Mshlanga” é um dos contos mais conhecidos e antologiados da coleção Histórias Africanas, publicada por Doris Lessing em 1965. A obra explora, entre outros temas, as grandes e pequenas crueldades do racismo e da segregação em fazendas de povoadores brancos na Rodésia do Sul, onde a autora passou a infância e parte da adolescência. O enredo de “O Velho Chefe Mshlanga” pode ser associado a duas práticas literárias bem conhecidas: a tradicional modalidade do bildung e a abordagem crítica a um tipo de colonialismo denominada “pós-colonialismo de povoamento”. Este artigo explora o fato de que esta mistura de enredo de amadurencimento e denúncia da hegemonia dos povoadores brancos proporciona solo fértil para a análise de vários objetos de pesquisa dos estudos sobre pós-colonialismo de povoamento, particularmente, as diferentes implicações das questões de lugar e deslocamento/desenraizamento, tanto para a protagonista branca quanto para as personagens africanas da narrativa.

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Publicado

15/03/2023

Edição

Seção

Tema Livre